segunda-feira, 22 de março de 2010

Decida-se

Quando estou triste, minha mãe vem toda meiga me acalentar. Ela diz coisas bonitas e menciona que vai "cuidar muito bem de mim", que não vai mais me deixar tão solta.

No começo fica tudo ok: me pede o boletim, pergunta como foi a aula, checa quando vai ter prova, policia minhas refeições... Mas depois de um mês eu chego chorando em casa e ela não quer nem saber o que aconteceu. Apenas continua lá, no computador, jogando freecell ou paciência ou whatever.

Após uma semana, ela vem se preocupar de novo com o que diz respeito à mim.

Queria apenas entender a mente da minha mãe.

sábado, 13 de março de 2010

Que seja simples

A simplicidade me fascina. Gosto de colocar o rosto para fora da janela do quarto, e de sentir o vento balançando meu cabelo. Observo as pessoas e os pássaros. Árvores, flores, cogumelos, latidos, sussurros de "bom dia", vizinhos tomando o café-da-manhã. Sinto que tudo está certo lá fora. Lá fora.

Talvez a simplicidade me pareça tão mágica porque ela não existe dentro de mim. Sou mais complexa do que deveria. Meus amigos costumam me classificar como uma pessoa "instável", já que às vezes estou hiperativa, e às vezes despedaçada. Talvez, no fundo, eu seja apenas louca. Louca porque não me importo com o que todos se importam, e porque idolatro o que ninguém vê.

Não sei se ser esquisita assim é fraqueza ou força. Mas eu definitivamente não me sinto forte.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Às vezes

Fico tão estupidamente apática que esqueço o que são sentimentos.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Quem eu sou?

Ah, essa é a grande charada." Lewis Carroll

terça-feira, 2 de março de 2010

Roubaram minha chave

Hoje voltei da escola e notei que a chave do meu quarto não estava mais encaixada à fechadura, como eu sempre deixo. Me senti péssima. Tive vontade de gritar com o mundo e de fazer greve de fome até que me levassem ao hospital por desnutrição. Ou melhor, até que devolvessem a minha chave.

Pode parecer estranho, mas eu sou tão ridiculamente apegada ao meu casulo que não consigo me sentir à vontade quando não estou trancada aqui dentro. Meu quarto é como minha alma: é o lugar onde passo a maior parte do tempo, é o lugar onde faço minhas reflexões e decisões importantes, é o lugar onde converso comigo mesma. É o lugar onde posso ser eu.

Mas agora não tenho a minha chave. Comolidar?