Eu decido que vou ser saudável. Pego a lista telefônica para procurar o número de alguma academia aqui perto. Chega de sedentarismo. Depois, analiso o cardápio da reeducação alimentar que a nutricionista preparou há uma ano, quando eu estava no auge da minha doença.
Digo a mim mesma que estou fazendo a coisa certa e que vou ser feliz, bonita, viva.
Mas a minha inimiga invisível consegue me convencer de que ser saudável é uma perda de tempo. Ela sussurra que serei gorda para sempre se eu parar de recorrer a ela, porque tenho tendência a isso.
Em um gesto quase solidário, ela vem até mim e me acolhe em um entusiasmado (mas frio) abraço, dizendo que me perdoa mesmo depois de eu ter tentado abandoná-la. Ela é a pior inimiga que alguém poderia ter, porque finge que é a melhor amiga.
Eu choro, ela não liga.
No fundo, sou apenas uma criança mal-crescida que precisa de ajuda.
Digo a mim mesma que estou fazendo a coisa certa e que vou ser feliz, bonita, viva.
Mas a minha inimiga invisível consegue me convencer de que ser saudável é uma perda de tempo. Ela sussurra que serei gorda para sempre se eu parar de recorrer a ela, porque tenho tendência a isso.
Em um gesto quase solidário, ela vem até mim e me acolhe em um entusiasmado (mas frio) abraço, dizendo que me perdoa mesmo depois de eu ter tentado abandoná-la. Ela é a pior inimiga que alguém poderia ter, porque finge que é a melhor amiga.
Eu choro, ela não liga.
No fundo, sou apenas uma criança mal-crescida que precisa de ajuda.