Eu quero abrir a janela e respirar o mar salgado. O vento irá bagunçar o meu cabelo, e o barulho das ondas penetrará meus ouvidos. Depois me sentirei livre para sair e correr entre as flores da fazenda. Não precisarei me preocupar com as cobras: acho que ainda não estou fora da cidade.
Armarei uma rede com vista exclusiva para as montanhas banhadas em neve. Não fará frio. Então me deitarei para cochilar, e em pouco tempo não será mais possível diferenciar a realidade da imaginação.
Eu vou sentar sob a árvore mais alta do mundo, vou correr até o Japão, vou deixar pegadas na areia, vou rir, vou chorar de alegria, vou pular de um penhasco. Vou voar.
E, por último, vou descobrir que não vale a pena viver no mundo dos sonhos.
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